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Produção #V1004 - Episódio 04

"Um Culto aos Heróis, Com Gelo" 


ESCRITO POR
Melissa Good


DIRIGIDO POR
Denise Byrd


PRODUZIDO POR
C
arol Stephens

IMAGENS DAS CENAS
Judi Mair


TRABALHO ARTÍSTICO
Lucia


GRÁFICO-TÍTULO DO EPISÓDIO
Linda (Calli)

TRADUZIDO POR
Chris Burle



 

PRÓLOGO

 

ABRE GRADUALMENTE EM:

 

EXT. CAMINHO NA FLORESTA - DE TARDE

 

Xena e Gabrielle caminham por uma bela trilha na floresta, flanqueada dos dois lados por flores silvestres e altas árvores. Pássaros estão cantando, e ambas parecem relaxadas e felizes.

 

Argo II trota ao lado delas, com a cabeça balançando de um lado pro outro como se ela estivesse apreciando a vista também. Ela mordisca algumas flores silvestres enquanto caminha.

 

Gabrielle se vira e caminha de costas.

 

GABRIELLE

Xena, por que todos os outros lugares

por onde viajamos não podem ser assim?

 

XENA

Tenha cuidado.

 

Gabrielle ri.

 

GABRIELLE

Com o que eu peço?

 

XENA

Não, cuidado para não

tropeçar nessa pe...

(pausa)

Desculpe.

 

Gabrielle tropeça e quase cai, mas consegue saltar para trás e recuperar seu equilíbrio.

 

Ela sacode um dedo para Xena.

 

GABRIELLE

Ei, eu não sou mais a garota

boba que eu costumava ser.

 

 

Xena pára, arranca um pequeno ramo de flores silvestres, e o coloca atrás da orelha de Gabrielle.

 

XENA

Não. Você não é.

 

Xena continua caminhando, assobiando. Gabrielle toca as flores. Há um olhar ligeiramente confuso em seu rosto.

 

GABRIELLE

O que exatamente você

quis dizer com isso?

 

XENA

Vamos.

 

Gabrielle segue Xena. Ela a alcança e olha em volta.

 

GABRIELLE

Nós nunca estivemos

aqui, estivemos?

 

XENA

Não.

 

GABRIELLE

Você já?

 

XENA

Não.

 

GABRIELLE

Seus couros estão muito apertados de novo?

Há anos que eu não tenho tanto problema

em conseguir fazer você conversar.

 

Xena olha para Gabrielle.

 

XENA

Eu estou tentando ouvir.

 

 

GABRIELLE

Ouvir o quê?

 

Xena pára e coloca uma mão no ombro de Gabrielle. Há um breve silêncio, depois o som de gritos na distância.

 

XENA

Isso.

 

GABRIELLE

Pode ser só um jogo

de bola no campo.

 

Os gritos se repetem.

 

XENA

Conosco por perto?

 

GABRIELLE

Tem razão. Vamos.

 

Xena e Gabrielle partem para uma corrida descendo pela trilha. Argo as observa enquanto mastiga algumas flores silvestres. Ela termina as flores, cospe um talo, depois trota atrás delas.

 

CORTA PARA:

 

EXT. PRAÇA CENTRAL DE UM PEQUENO VILAREJO - POÇO DE ÁGUA

 

Um grupo de pessoas está reunido em torno de um grande poço. Há muita animação evidente. Alguns estão acenando com as mãos, outros estão gritando algo em alarde.

 

No meio da multidão, uma garota adolescente está parada, segurando um longo pedaço de junco que ela está metendo no poço.

 

Ela está vestida com um estranho conjunto de couro e peles, algo que pode possivelmente ser considerado uma espécie de armadura cobrindo-lhe o torso.

 

GAROTA

Não! Não! Esperem! Eu vou salvá-lo!

 

Uma velha mulher está parada perto dali.

 

VELHA MULHER

Garota! Pare! Você irá matá-lo!

 

GAROTA

Não! Eu posso fazer isso!!

 

Vindo de dentro do poço, ouve-se um grito.

 

VOZ DO POÇO

Socorro! Ouuu! Socorro!

 

Xena e Gabrielle entram correndo no vilarejo. Elas páram rapidamente, e olham para a multidão.

 

Elas se entreolham.

 

Xena se dirige para uma carroça perto dali. Gabrielle irrompe na direção do poço.

 

GAROTA

Aqui! Segure-se...

Oh! Oh, desculpe!

 

Gabrielle chega no poço e olha para baixo. Ela agarra o junco quando a garota está para enfiá-lo para baixo de novo.

 

 

VOZ DO POÇO

Socorro! Ouu! Aii!

 

GABRIELLE

Segure-se. Dê-me isso.

 

Gabrielle toma o junco.

 

GAROTA

Espere... Quem é você?

Eu estou salvando ele!

 

GABRIELLE

(gritando para baixo)

Segure-se! Junte seus

pés contra a parede!

 

GAROTA

O que você está fazendo?

Devolva-me isso!

 

A garota tenta pegar o junco de Gabrielle. Gabrielle evade de suas mãos.

 

GABRIELLE

Olha, vá pegar aquele

balde, okei?

 

Gabrielle aponta. A garota hesita, depois corre até lá. Xena salta na carroça e golpeia com o chakram, cortando um rolo de corda.

 

XENA

Gabrielle!

 

Gabrielle se vira e estende a mão sem olhar. Xena atira o rolo de corda, e ela o apanha. Xena salta da carroça, dá uma cambalhota no meio do ar e aterrissa ao lado de Gabrielle assim que a garota chega correndo de volta com o balde.

 

A garota avista Xena e tropeça, esparramando e jogando o balde todo sobre Xena.

 

XENA

(continua)

Ei!

 

GAROTA

Oh! Oh, desculpe... Uh... ei!

Você é... uh... Xena?

 

Gabrielle deixa a corda descer o poço. Xena ignora a garota e enrola a outra ponta da corda no suporte do poço.

 

GABRIELLE

Agarre isso!

 

 

GAROTA

Uh... Ei! Ei!

 

GABRIELLE

Amarre-a em volta... É! Isso aí!

 

GAROTA

Ei! Ei! Com licença! Uh...

 

Xena se ajeita.

 

XENA

Pronto?

 

GABRIELLE

!

 

Xena começa a puxar a corda, rebocando-a mão após mão. Os outros aldeões se reúnem em volta, dando apoio para ela.

 

VELHA MULHER

Bom trabalho!

Garota, saia do caminho!

 

GAROTA

Mas… mas...

 

Gabrielle agarra o jovem homem no final da corda quando ele alcança o topo do poço, puxando-o para cima e sobre a beirada.

 

GABRIELLE

Tudo bem com você?

 

JOVEM HOMEM

Graças a você! E uh...

 

Ele encara Xena.

 

JOVEM HOMEM

(continua)

Uau. Oi pra você.

 

Gabrielle gira os olhos. Xena dá um sorriso afetado.

 

XENA

Como você caiu aí dentro?

 

 

O jovem homem se vira e aponta para a garota.

 

JOVEM HOMEM

Foi ela! Ela me empurrou!

 

Surpresas, Xena e Gabrielle se viram para olhar para a garota. A multidão se reúne em volta, murmurando. A garota começa a se afastar para trás, depois se vira e sai correndo.

 

GABRIELLE

Espere!

 

A garota tropeça e cai de cara no chão em uma nuvem de poeira. A multidão parte atrás dela, gritando.

 

Xena e Gabrielle se entreolham. Xena tira com um peteleco um pedaço de feno úmido de seu braço.

 

XENA

Da próxima vez?

 

 

GABRIELLE

Sim?

 

XENA

Diga-me para tapar os ouvidos.

 

GABRIELLE

Pode apostar.

 

Xena e Gabrielle partem atrás da multidão.

 

DESAPARECE GRADUALMENTE.

 

FIM DO PRÓLOGO

PRIMEIRO ATO

 

 

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